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ZUMBI DOS PALMARES: MORTO PELA LIBERDADE
Se desamarre das correntes da opressão
E siga os passos do eterno rei Zumbi...
Que criou um oásis dentro da escravidão
E fez o sol da nossa liberdade ressurgir!
Fez uma reforma agraria em nossa nação
Contra a vontade dos poderosos daqui!
Enquanto estiver um negro oprimido
Bem preso no tronco desta pobreza!
Toda nossa bonança não fara sentido,
Pois o homem do homem virou presa!
Mesmo que o carnaval faça um alarido?
Nossa alegria será fingida com certeza!
Que o Zumbi seja o nosso referencial,
Para toda a gente e qualquer cidadão!
Que batalha, luta contra o grande mal,
Contra os “resquícios” da escravidão!
Vendo povo se amontoar como jornal,
Nos transportes coletivos desta nação!
Esqueçamos a Lei Áurea enganosa
Que foi para o negro uma usurpação!
Assinada por uma Princesa poderosa
Que livrou os negros da vil escravidão!
Porem jogou-os na miséria sem prosa,
Habitando as favelas sem urbanização!
Os libertos foram vender nosso acarajé,
Pois eram analfabetos e sem a educação!
A negra se prostituiu no nosso cabaré...
E continuou trabalhando para o barão!
Outros foram para as ruas como esmoler,
Enquanto o resto foi abarrotar a prisão!
Vejo a nossa delegacia superlotada,
De pardos, negros e de analfabetos!
Parece “navio negreiro” da cambada
Que estão excluídos por completos!
E a sociedade ignora gente armada...
Que habita nossos guetos secretos!
A desigualdade é o nosso pelourinho,
E o bacalhau nos açoita nesta pobreza!
Uma senzala na favela é o nosso ninho,
E a feijoada é o prato de nossa mesa!
Viajamos num transporte apertadinho
E se protestar cai no pau com certeza!
Extraido do livro: A SAGA DE ZUMBI DOS PALMARES CONTRA O TRONCO, O CHICOTE E O FUZIL. Do poeta BIRCK JUNIOR . A venda neste site por E-MAIL
Birck Junior
Enviado por Birck Junior em 05/02/2016
Alterado em 30/08/2016