O QUILOMBO DOS PALMARES
(20-11-19 = DIA DA COSNCIENCIA NEGRA)
Apesar de ser o sustentáculo da economia agroexportadora do açúcar, ser o “instrumento de trabalho” do engenho, ser status de poder para os brancos, representar capital e propriedade, os negros tinham contra si mesmo todas as leis, castigos, preconceitos, comiam a feijoada com as pernas, e pés dos porcos, andavam quase seminus, dormiam no chão na esteira... E segundo André João Antonil:
No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três pês: a saber, pau, pão e pano. Quisera Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir, como muitas vezes é o castigo, (...). “Fazem mais caso de um cavalo do que de meia dúzia de escravos”. (MACEDO, 1996, p. 103)
Todavia, o negro não ficou dócil á escravização como nos fala a historia oficial, lutou com unhas e dentes pela sua liberdade e igualdade social, ora com abortos, suicídios, assassinato de feitores e de seus senhores, com fugas e fundação de “quilombos” que foi o símbolo da resistência negra a escravidão:
O quilombo mais famoso do continente americano localizava-se no interior do atual estado de Alagoas. Era o Quilombo dos Palmares, com mais de 360 quilômetros. Possuía inúmeros vilarejos e uma capital, a cidade de Macuco com 1500 casas. Em 20 de novembro1695, ao ser destruído por tropas militares de Pernambuco e pelos bandeirantes paulistas, Palmares contava com aproximadamente 30.000 (trinta mil) habitantes. (MACEDO, 1996, p. 100-101)
A sociedade inteira dos senhores aos padres, a igreja, além dos políticos e todas as leis estavam contra os escravos. A única alternativa que lhes restou foi á fuga para os quilombos. Como hoje verificamos as leis contra o povo e a maneira de sobreviver é burlando esses decretos injustos. O chamado “jeitinho brasileiro”. Talvez aprendessem isso com os nossos negros escravizados que com muita coragem e ousadia fundaram em plenas terras brasileiras, a sua república de liberdade e igualdade liderada por Zumbi dos Palmares.
DO LIVRO:
"A SAGA DE ZUMBI DOS PALMARES NO BRASIL
CONTRA O TRONCO O CHICOTE E O FUZIL",
AUTOR: BIRCK JUNIOR