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Textos

 

CANUDOS: UM GENOCIDIO REPUBLICANO

 

 

Quero lhe falar de uma atrocidade

Que banhou de sangue o Brasil.

Nunca se fez tanta barbaridade

Em nossa Pátria a Mãe Gentil.

Um extermínio com perversidade

Em uma sangrenta guerra civil! 

 

Antônio Vicente Mendes Maciel,

Conhecido mais por Conselheiro.

Enfrentou a nossa Republica cruel

Para libertar o sertanejo ordeiro!

E aos princípios de Deus foi fiel,

Ajudando ao próximo bem ligeiro!

 

Canudos foi para o trabalhador

Uma verdadeira Conspiração!

Pois a Republica no ermo deixou

Aos cuidados da vil exploração!

Enquanto Conselheiro o libertou

Foi recebido com bala de canhão!

 

O sertanejo lutava contra o coronel

Que lhe usurpava a sua cidadania.

Quando achou a terra de leite e mel?

No Arria de Belo Monte que surgia!

Foi atacado por um exercito cruel

Que lhe exterminou de nossa Bahia!

 

Temos o governo de pouca gente

Que é apelidado de democracia!

Que traz o nosso povo na corrente

Como naquela antiga oligarquia!

Para fazer do trabalhador decente

Objeto de exploração e de tirania!

 

A República mais enfurecida ficou

A imprensa botou pólvora na guerra.

A terceira tropa pra Canudos enviou

Para acabar com o sertanejo da terra.

Mas o Davi a esse Golias derrotou

E o governo mais uma vez se ferra! 

 

Acabar com o Belo Monte é desafio

E exterminar a peste do Conselheiro!

Como pode alguns jagunços sem fuzil?

Derrotar poderoso Exército brasileiro!

E destacou todo o quartel deste Brasil

Para exterminar o nosso povo ordeiro!

 

No Brasil o povo não é a democracia.

Governo é algo sem nossa população!

Qualquer movimento que lhe insurgia?

Foi recebido com a baioneta e o canhão!

Assim foi com Canudos na nossa Bahia,

E com o cangaço de Virgulino Lampião!

 

Hoje qualquer protesto deste povão

É gás de pimenta e o cassetete geral. 

É taxado de baderneiros como ladrão

Pela nossa mídia em cadeia nacional!

É que o politico não quer a população

Reclamando de direito Constitucional!

 

Na Republica a quarta tropa enviou

Para com o Belo Monte exterminar!

E mostrar como governo usurpador

Trata pobre que não quer se sujeitar!

Quase trinta mil caipiras assassinou,

Em uma carnificina sem outra par!

 

Foi o resultado desse carnificina vil:

Duas criancinhas, o velho e a mulher.

A igreja, governo e o jornal aplaudiu

E o nosso povão nem meteu a colher!

Acreditou que Conselheiro insurgiu

Desafiando a exploração do coroné!

 

O amado Conselheiro nunca morreu,

Pois ele representa luta contra tirania!

É o Antônio, a Maria, o José, sou eu...

É qualquer um que a injustiça desafia!

O Belo Monte vive no lugar que é seu,

Quando se protesta por pão e moradia! 

 

Quem elege o nosso algoz governante

É o proletário, o favelado e analfabeto!

É a nossa grande “massa” não pensante

Quem escolhe o safado politico direto!

Depois vai ficar quatro anos agonizante

Sem transporte, sem Saúde e sem teto!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Birck Junior
Enviado por Birck Junior em 03/01/2022
Alterado em 04/01/2022
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